27 de nov. de 2009

um gole, enfim

incrível como a pior semana de todas, cheio de merdas para se fazer, é resolvida com umas garrafas de cerveja no congelador e uma conversa despretenciosa ao som de um blues foda num final de dia quente pra caralho.
mesmo a gente sempre chegando a conclusão de quão bosta somos, de que nenhuma garota nos aguenta por muito tempo, de como desperdiçamos amores ou apenas fodas as 4 e meia duma quinta-feira a tarde, mesmo assim um blues, uma bharma gelada e um bom camarada conseguem nos animar e nos deixar rindo de tudo isso.
porque se levar a sério é o pior que nos poderia acontecer.

24 de nov. de 2009

tardes e mais tardes assim, levando, arrastando mas sempre tentando alguma coisa, seja lá o que for

cinco e meia da tarde de uma terça-feira muito abafada, tomando cerveja. isso me parece uma vida boa pra caralho. Só precisaria de mais dinheiro para comprar outros engradados. Ou de uma editora bacana afim de publicar um livro de um ilustre autor desconhecido. Ou de coragem pra largar tudo e sair por ai, dando umas bandas, conhecendo pessoas e juntando moedas para a próxima dose, mas dessa vez longe de casa, pra animar um pouco mais essa vidinha boa, porém ordinária.

enquanto isso a gente segue aqui, na frente desse computador escrevendo histórias e mais histórias, rabiscando uns poemas cretinos, inventando personagens, se cadastrando em rh's de empresas jornalísticas, enviando currículos para locadoras, viajando em sites de editoras, assistindo séries americanas e acabando mais uma garrafa. Só pra ter certeza que por pior que parece ser, foi o que escolhi pra me fuder, ou viver.

23 de nov. de 2009

e mais um domingo acaba nem tão ruim assim

valeu garota,
pelo trecho
...................(do livro)
e pelo beijo
...................(prometido)

16 de nov. de 2009

mais um dose pragente se aguentar mais um dia

é que não adianta perguntar porque eu sempre desapareço depois
Passei todo final de semana ao teu lado,
acordei contigo enrolada no meu braço
e tu ainda quer saber por onde ando nas noites que acontecem depois
A idéia de tu sair usando minhas roupas
de transarmos com camisinha
de tu chegar aqui mestruada
chupar meu caralho
e me fazer gozar usando as mãos
não foi bom pra gente.

Se fosse outra, aquelas outras...
Contigo não

Essa história de baseados e filmes do Bertolucci era boa só na imaginação.
Agora, preciso de outras cervejas
que a tua voz já soa no interfone.

10 de nov. de 2009

um chá inglês sem leite pra não esquecerem de mim

no almoço, uma xícara de chá com bolachas água e sal. Chá inglês, do país da rainha mesmo. Ai a tarde se arrasta e a chuva fina e o frio voltam a soprar nas janelas aqui de casa. E uma puta dor de garganta começa a dar sinais depois de alguns dias andando por ai debaixo de chuva sem rumo algum. E depois de encarar uma pilha de pratos sujos da época em que ainda cozinhava alguma coisa por aqui, sem não antes receber um

- e faça um bom trabalho com esses pratos imundos.

caio na cama e deixo o tempo passar um pouco mais. E o dinheiro que serviria para continuar a ter pilhas de pratos imundos na pia é substituido pelo Big Sur do Kerouac e o Amor é um cão dos Diabos do velho Buk. Mas a porra do curso de jornalismo me obriga a ler O Monge e o Executivo. Coisas que só a faculdade pode te proporcionar. A puta com essas merdas de auto-ajuda. Caio matando uns poemas do Bukowski e me divirto com quem realmente tá lendo essas porras que nos indicam.

mais algumas xícaras de chá pra enganar o estômago junto com mais algumas bolchas água e sal. De consolo, o chá inglês mesmo. Bom saber que lembram de ti quando tão lá do outro lado do mundo.

9 de nov. de 2009

me faço de louco
.....estrago um pouco
essa vida normal

4 de nov. de 2009

alguém ainda fode com a gente, as drogas ou os desencontros.

acho que já fazia uns cinco minutos que eu tava ali, chupando e masturbando aquela boceta e nada do meu pau subir. Só pode ser essa droga que já vem malhada, muito antes de qualquer coisa acontecer. é melhor eu acreditar nisso

- olha só, não ta rolando. esse pó fudeu comigo

- ah não, vai ter que dar um jeito

- que jeito, porra, só amanha de manhã, quando a bucha acabar e a gente acordar.

- nem pensar.

e ai ela pegou um creme que passava sempre que saia do banho e besuntou meu caralho com aquilo. Massageava toda a extensão do meu pau, as bolas, e, safada como era, passava um pouco no meu cu. Ela sempre tenta enfiar o dedo no meu rabo enquanto a gente fode. Descobri com um amigo que ela tenta fazer isso com todos, ou pelo menos sempre com nós. Mas não querida, no meu rabo não.

- to te falando, nem isso vai adiantar. É melhor a gente sair e tomar umas cervejas do que ficar aqui tentando levantar essa porra.

- puta que pariu, amanhã tu vai ter que dar um jeito nisso, se não já eras pra nós.

- amanhã baby, amanhã sempre se dá um jeito.

e ela levantou e sentou na minha cara.

- te vira com a boca por hoje.

foi a única coisa que pude fazer.

já tava na merda mesmo então resolvi acabar com o resto de septo que tenho no nariz. Eram três da manhã quando decidimos entrar numa festa que acontecia no lado do bar. Não fazia a mínima ideia do que tava rolando lá dentro,  mas era entrar naquela casa preta, molhada com o suor que escorria pelas paredes num dos dias mais quentes da cidade e deixar o efeito passar. Pelo menos assim, naquela noite, teria entrado num buraco preto e molhadinho.

tava insuportável naquele lugar. Eu tinha uns vinte reais no bolso e torrei tudo em cerveja pra ver se o calor diminuía. muito pelo contrário, a garota do bar só fazia ficar mais quente com as trovas que me passava quando pedia uma bebida. Mas é sempre assim, bebo duas garrafas, vou três vezes ao banheiro. Devo ter um problema de bexiga que não retém o liquido certamente, ou a minha é menor que as normais, sei lá. Foda é que toda vez que ia mijar, segurava aquele caralho mole e cheio de creme e só pensava que não podia falar com a  garota do bar, se não nunca mais teria alguma chance qualquer. Um amigo já me disse, namorar garotas do bar é foda, mas pelo menos tu descola umas bebidas de graça.

Acabou o dinheiro, a cocaína e meu saco praquele calor todo. Sai sozinho do bar, a garota do creme deve ter ficado puta com a minha incapacidade de fuder naquela noite e sumiu na multidão. Ela tinha uma chave do ap, não ia correr atrás. Antes ainda encontro uns camaradas que me convidam para uma última partida de bilhar, não vou dizer não para os amigos.

- e ai, a noite, foda?

- foda, foda, muito foda.

-comeu alguém?

- bem que tentei.

- como assim?

- essas drogas né velho.

- caralho meu, isso vai foder contigo.

- acho muito difícil isso me fuder, muito difícil

acabou as fichas, as moedas e qualquer coisa que te mantém na madrugada até o dia dar as caras. Fui pra casa, tentar dormir era o que restava. Não foi tão difícil, tirei a roupa e capotei na cama.

Acordo no outro dia de pau duro, loco pra mijar. Olho pro lado e garota não tá na cama. Deve ser por isso que a gente não da certo. Os desencontros acabam com qualquer coisa.