26 de ago. de 2008

diretas #21

porra
onde estão aqueles cascos de cerveja que estavam aqui?
Ah!!
quebrei pensando em ti

24 de ago. de 2008

tua hiperatividade é uma merda, mas eu preciso dela

Peguei o casaco estendido na sacada e sai. Na verdade ele ainda estava úmido nas mangas, não tinha problema.
Queria dar uma volta, fazia dois dias que estava em casa, caminhando do quarto para a sala, da sala para a cozinha, da cozinha para a sala, para o quarto e depois vomitava tudo no banheiro.

Na verdade esperava que tu estivesses andando pelas ruas do bairro. Em outros momentos, quando não queria, sempre te encontrava saindo de um bar ou entrando na casa de alguém.

Antes de sair desliguei o Ian Curtis das caixas de som do meu quarto. Um sábado pré-domingo de chuva há dois dias trancado num apartamento de 30 metros quadrados, Joy Division era a trilha perfeita.

Enrolei um baseado. Caso te encontrasse, certamente fumaríamos. Se não te encontrasse viajaria sozinho, como de costume nesses últimos dias.

Fazia frio e a cidade estava calma. Já anoitecia e as pessoas, com medo das ruas, trocavam os parques pelas suas casas. Eu saia, com medo de ficar em casa por mais 1 minuto.

Quadras passaram e nada de ti, de ninguém. Encontrei um mendigo que conversara bêbado uma noite qualquer no meio da semana. Lembro que dividimos um cigarro, dele. Não fumava, me fazia muito mal à nicotina e as outras substâncias. Minha asma já tinha suportado três anos de maços, e não resistia mais.

Entrei num bar, desses que surgem encravados num prédio antigo. Uma mesa no fundo e uma cerveja. Muito barulho e as paredes me apertavam. Sai de casa porque não agüentava mais ficar entre aquelas quatro sustentáveis e claustrofóbicas paredes - e nem outra qualquer.

Caminhei pelo parque que tinha ali perto, já anoitecera e entre as árvores poucos se arriscavam a passar. Tinha medo, mas a necessidade de adrenalina, ou qualquer experiência que me agitasse, superava qualquer trauma que, por ventura, poderia ter.

Encontrei outros conhecidos, mas não parei para conversar. Apertei o passo fingindo um compromisso inadiável ali na outra esquina. Nunca nos falamos muito mesmo. O que conversaríamos a essa hora nesse lugar?

Do outro lado, olhando a outra rua, sentei num banco e parei.
Enquanto olhava ônibus passarem, minha cabeça girava num fluxo de pensamento incrível. Quando me dava conta do que estava pensando, outra coisa surgia e mudava meu raciocínio. Talvez a incrível quantidade de remédios consumidos na noite anterior ainda fizesse algum efeito. Ou não.

Acendi o baseado, sozinho. Os ônibus diminuíram o fluxo. Os carros passavam com calma. Os postes de iluminação acenderam. As poucas pessoas que caminhavam com passos apertados, diminuíram o ritmo e contemplavam a noite fria e calma.

Minha cabeça já não pensava mais como antes. Leves divagações se misturavam ao olhar fixo num ponto perdido no final da quadra.

Já quase no fim da droga tu aparece fumando um cigarro. Te chamei e me arrependi quando falei a última vogal do teu nome.

Já chegou contando história, me abraçando, beijando no rosto. Nem sentou no banco. Ficou ali pulando e as cinzas do teu cigarro caiam sobre o meu colo.

Te ofereci um pega. Aceitou e fumou todo o resto que tinha, ainda de pé e contando outra história. E eu tentava entender a anterior.

Deve ter passado uma hora. Tu falavas e eu ria. No sétimo cigarro que acendeu, roubei ele da tua boca e tu reagiu com um beijo.

Já estava completamente escuro naquele parque e ninguém mais passava por ali.
Outros trinta minutos perdemos nesses beijos e abraços que aconteciam naquele banco. Tu continuavas agitada.

Pegamos um ônibus e fomos para a tua casa. Na chegada umas cervejas que gelavam na geladeira.

No teu quarto transamos a noite inteira. Entre conversas, copos e sedas, fazíamos o que melhor sabíamos juntos. Quando amanheceu tu parou e dormiu. Pela primeira vez escutei o silêncio naquela noite/dia. Uma calmaria invadiu meu corpo nu e deslizei para dentro do colchão, contigo virada para o outro lado da cama

Quando abri os olhos do pequeno transe tu dormias como um bebe ai do lado. Tudo estava calmo. Parei de admirar teu corpo e girei meus olhos pelo quarto. E ai me dei conta de que estava entre as tuas quatro paredes.

Acendi um cigarro.

23 de ago. de 2008

surto #2



18 de ago. de 2008

não sofro de insonia e durmo denoite pensando em ti #6

se tu parasse na porta da minha casa
e me convidasse para sermos felizes
eu aceitaria

mesmo que minha voz hesitasse em vários momentos
e quando não saberia mais o que te falar
te convidaria para fumar outro
não é para pensar que fujo de algo
só não encontro o melhor jeito de dizer sim pra todas propostas que me fizer

e se um dia chegarmos a desistir de sermos felizes
pelo menos saberemos que o que aconteceu não ficou só em nossas imaginações
ou desejos

17 de ago. de 2008

fluxo de pensamento - ou apenas um porre que ainda não acabou

me sinto desconfortavel escrevendo, e esse barulho do teclado batendo e batendo e batendo atrapalhando até o meu sono que ta por vir, e o cara dormindo ali no sofa da minha sala......nem madrugada é mais, porra o dia já nasceu e eu ainda vivendo no sabado....alias não consigo saber onde coloco os acentos nessas palavras, e provavelmente nas que estão por vir....
..o pior de tudo é que já pensei de mais....agora, parado aqui, não consigo seguir a linha de pensamento que tive. ! foi muito rapido ( porra de acento que não cabe em nenhuma vogal) uma quadra, um final de noite que começou dia e ainda nem sei quando vai terminar....
..pior de tudo é que aquela festa "???" tava boa, um som legal, gente legal, garotas legais e as porras dos meus pensamentos atrapalhavam tudo, ou me mostravam o que sempre quis saber...blablabla
..puta que pariu, alias pariu escrito é muito estranho, será que se fala do mesmo jeito que se escreve? puta que pariu fiquei a noite inteira ou mandando mensagens, ou bebendo cervejas, ou dançando sozinho, junto com uma galera, e, mesmo que ela tenha passado a noite inteira a roçar a bunda em mim, mesmo beijando outros caras, eu acabei na casa dela sentado no sofa enquanto ela falava e falava e falava....hiperatividade, apesar (???) de tudo não consigo aguentar....
..e as merdas dos pensamentos que tive caminhando insistem em não voltar.....e o pior é que uma frase boa tinha aparecido no meio de tudo....mas acabei perdendo, ou esquecendo de proposito só para não ter que assumir qualquer compromisso...
..e ainda passei parte da noite na casa dela, louco pra beijar ela denovo, sem ninguem saber, sem nem nós ter qualquer conhecimento do que estamos fazendo....acabar o novo dia beijando e beijando e beijando sem saber o porque, mas sabendo o porque de não estar fazendo nada....á que merda de tesão que não acaba com uma noite na cama dela...eu quero mais, mas talvez ela não queira, e talvez eu tambem não queira perder quem eu realmente quero, ou que pelo menos quem dizem que quero, e sei que estão certos....
..e continuo aqui a escrever, ainda tentando lembrar das coisas que pensei enquanto caminhava e não tinha nenhum lugar a não ser a minha cabeça girando de alcool para lembrar daquelas mesmas coisas que acabei de esquecer...
..e o pior de tudo é que me lembro do final....e no meio de tudo eu ja sabia o final...e enquanto em tentava dançar com outras, beijar outras, pensar em outras, sentir outras - mesmo não conseguindo te sentir nas ultimas vezes - e as outras que eram tantas, tão distantes naquela mesma pista de dança, o pior é que eu ainda sei o final
e o pior...................
é que eu ainda continuo pensando em ti!!!!!!!!!!!

6 de ago. de 2008

"de cara - ..."

eu to louco pra falar
pra dizer pra ela

soa ridiculo dizer isso
mas agora
tenho medo

eu preciso dizer
o que o caetano escreveu numa canção

eu quero dizer
pra essa mulher
assim mesmo que já disseram

a música do caetano que acabei de escrever

4 de ago. de 2008

as coisas não começaram bem - ou elas estavam boas e terminaram

Ainda é segunda-feira
o primeiro dia de seis meses de dias iguais e que me deixam mais igual ainda
é apenas segunda e nem o princípio de mudança ocorrido na tarde faz sentido
segunda-feira denoite e eu entediado em casa
louco para sair
para não ter que viver mais outro semestre igual aos já outros quatro vividos
é segunda-feira e a úncia coisa que me tira do normal
é o whisky que bebo querendo mudar

diretas #37

e ele disse:
- nosso caso é muito estranho

e ela respondeu com um beijo dez dias depois
quando ele voltou

2 de ago. de 2008

último sábado de férias (não que isso tenha muita importância) e eu em casa

sábado do último final de semana de férias
uma temperatura ótima para caminhar pelas ruas
entrar em qualquer bar e beber qualquer bebida ao som de qualquer conversa
mesmo que seja o silêncio o melhor papo

alguns filmes locados, dois assistidos
cervejas que sobraram da visita dos pais
vinil do caetano veloso rodando na sala
incensos sendo queimados
um baseado para ver se algo melhora
bob dylan, cazuza, stones, lou reed e mais um monte de gente cantando nas caixas de som do meu quarto
uns goles no jack daniel's recém comprado
curtas que passam num programa de baixa audiência na tve
tentativa de marcar algo para fazer no domingo
planos para a semana
vontade de beber um pouco de todas bebidas compradas na fronteira
ainda o mesmo baseado para fazer compania
alguns poemas do ginsberg
uma caminhada até a rua do lado esperando encontrar alguém, ou algo
the doors, vitor ramil, andres calamaro e várias pessoas ainda cantam nas minhas caixas de som
um violão com uma corda a menos
idéias de novas pinturas na parede
leitura em mais um livro sobre os beats
ainda o ritmo de noites dormidas graças aos porres tomados desde as manhãs em ares castelhanos
cigarros, se os tivesse e eles não me fizessem tão mal
mais uns poucos goles no whisky
algumas músicas que nem identifico mais
sem saco para fumar outro sozinho
mais um final de semana de ócio
mais um final de férias de ócio
mais um início de semestre de ócio

e uma vontade filha da puta de fazer algo
mesmo que seja um porre
mas pelo menos acompanhado

1 de ago. de 2008

o nome dela aqui cairia bem

ela foi a primeira que ficou na minha cama
foi a primeira que amanheceu ao meu lado
foi a primeira que me beijou na testa
ela foi a primeira que me falou a verdade
foi a primeira que tive medo
foi a primeira a me deixar sem rumo
ela foi a primeira que disse sim, enquanto eu falava não
foi a primeira que ficou no meu lado
foi a primeira que não me garantiu futuro
ela foi a primeira que deixou os brincos no meu quarto
foi a primeira que precisei de análise
foi a primeira que fez me imaginar com outras
ela foi a primeira que não teve comparação
foi a primeira que todos disseram sim
ela foi a primeira que me deixou voltar depois de tudo

e eu ainda tenho dúvidas