30 de mar. de 2009

depois do bar, lá em casa, nos dois...

eu queria que tu estivesse aqui
ou alguém qualquer
mas que alguém estivesse aqui
é que eu tava naquele bar bebendo. como agente sempre fez
e eu voltei pra casa e confesso, estou meio bêbado, e sozinho
e queria que tu estivesse aqui pra ficarmos transando a noite inteira, bebendo mais um pouco, fumando alguma coisa e lembrando de como eramos ridículos antes de tudo isso.

27 de mar. de 2009

544 ap 12 - #2

e quando eu voltei pra casa, depois de termos saido do bar, eu abri a garrafa de whisky que tu me deu e bebi toda, esperando que tu voltasse atrás e tocasse a campainha dizendo que tinha desistido e queria subir. mas isso não aconteceu. eu fiquei até as cinco horas da manhã esperando pra ver se isso acontecia e nada, nada, nem um ligação ou uma mensagem. um grande cretino eu, esperando que tu venha atrás depois de tudo o que aconteceu. mas fazer o que, a canalhice as vezes é uma simples defesa.
e então eu durmi, bêbado, de roupa no sofá da sala. na minha cabeça alcóolica se afogavam desejos e curiosidades de como seria se tu tivesse voltado; e saudades dos amores feitos no carnaval, há dois dias atrás.
e quando acordei, já com o pouco de luz que entra nesse apartamento direto nos meus olhos, vi a garrafa de whisky no chão, os cinzeiros cheios, as latas de cerveja na mesa, o baseado fumado em cima duma capa de disco e agradeci, agradeci por ter acordado sozinho, apenas com o que sobrou pra servir de lembrança.

23 de mar. de 2009

do nosso amor e odio

a pior coisa que tu fez foi chegar aqui em casa, na noite do meu aniversário, com três garrafas de vinho, bebermos duas e ai tu quebra o abridor na segunda garrafa, acaba com ela e vai embora. Tu sabe que ando sem dinheiro e que preciso beber no minímo todas as noites. Tu sabe que a minha garrafa de whisky tá nas últimas e que eu prefiro a ressaca de vinho, por pior que seja. Tu sabe e ainda me deixa em casa com uma garrafa de vinho e um abridor em duas partes que não serve pra nada. Como se não bastasse tu anda questionando a minha masculinidade pra deus e pro mundo só porque algumas noites não quis transar. Preferia fumar aquelas porras de baseado e ficar te olhando falando um monte de merda e depois rindo de tudo aquilo. Ou ficar olhando a tua cara, com um sorriso na boca meio desconcertante querendo saber se hoje eu te beijaria e se te comeria, com amor ou não. E tu ainda fica me chamando de menino por não querer te ver todas as noites ou acordar contigo todas as manhas. Tu sabe de tudo isso e me deixa em casa com a porra daquela garrafa de vinho, sem um abridor. Logo eu que te fiz começar a beber e agora tu bebe todas as noites, tu me deixa em casa sem dinheiro e com uma garrafa de vinho em que não posso tocar.. Fazendo cinema ou fazendo cena, tanto faz - amanha te ligo e peço um abridor.

6 de mar. de 2009

por aí

saindo do cinema. bebendo uma garrafa de vinho sem rótulo, enrolada numa sacola de papel marron. fumando um cigarro. andando nas ruas do centro de porto alegre. dez e pouco da noite com uma fina chuva e até um pouco de frio, a seguinte conversa:

bruno - bah, to escrevendo muito ultimamente, lendo muito, bebendo muito. também né, não fui pra aula nenhum dia até agora.

ricardo - puts, eu não to escrevendo nada, lendo muito pouco e bebendo como sempre. também, fui na aula quase todos os dias até agora

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