14 de mai. de 2009

das noites sem dormir

meu sangue tá fervendo!
nunca fumei na casa dos meus pais. Fazia o possível também pra fumar quase nada enquanto eles estavam por perto. Mas agora moro sozinho à três anos, vejo eles poucas vezes e sempre consigo uma caranga ou uma companhia pra fugir. Mas hoje não, tava em casa só com a minhã mãe, na minha casa. Tudo muito estranho, não sabia bem o que fazer e que costumes esconder.
Não adiantou, ela foi dormir e eu enrolei o baseado. Fui pra sacada, fechei a porta e fumei sozinho, ouvindo o sussuro que saía das caixas de som ligadas lá no meu quarto, vendo estrelas e sentindo o calor do ar naquela noite de verão.
Voltei e a adrenalina a mil. Poucas vezes foi tão escancarado o estado de loucura que me encontro quando sei que eles estão tão perto - aqui no quarto ao lado, a nem 15 passos de distância, uma parede pra tapar o som.
Delírios misturados a fanstasmas, a premonições e a longas risadas abafadas no travesseiro.
Tudo bem eu pensava, se acontecer algo não pode ser tão ruim, não pra mim, não agora. E continuei. Aumentava aos poucos o volume das canções, caminhava mais pelo quarto, chegava na janela, parava cada vez menos. Na cozinha pra pegar uma cerveja, no banheiro pra rir da minha cara no espelho, na sala pra buscar um novo disco, ligar a tevê e passar todos os canais sem nem os ver, dedilhados suaves no violão. Tudo está bem, tudo está bem. Equanto uns dormem, outros não...

3 comentários:

Adriana Gehlen disse...

o personagem caiu no meu conceito com o baseado.
o resto tá bonito.

Jornalistas disse...

Cara, esse tá muito legal!

Jornalistas disse...

Ah, e é o couto.
Não sei donde saiu esse jornalistas

(?)