20 de dez. de 2008

uma carta

passo os dias bebendo, pensando em fumar e te esquecendo
até que tá melhor assim. eu aqui, tu em algum lugar qualquer
poderiamos pensar que foi bom enquanto durou, pelo menos em algumas de nossas transas, foi bom enquanto não terminava
é. na verdade eu sempre achei que ia terminar assim, eu passando de otário, medroso, fugindo, não querendo nada
fazer o que se a vida me reserva as piores lembranças possíveis.
pelo menos voltei a me apaixonar por várias nas paradas de onibus.
quer saber, eu gosto de ti. mesmo. pra caralho
mas não rola. nosso caso só vai ser bom quando depois da foda, fumarmos um grande baseado e se despedirmos até amanhã, ou outro dia em que nós nos necessitarmos.
porque a gente não se precisa todos os dias, e isso que é o bom da nossa relação. meses sem se falar, sem se ver, até que num dia, agente resolve se encontrar.
por uma noite, duas quem sabe. mas deu. o bom nosso é a distância. e a aproximação depois de se perder
mas agora eu tenho que ir. a pizza tá queimando, a campainha tocando e a cerveja já terminou.
um beijo
nos vemos quando for a hora.

4 comentários:

Anônimo disse...

pensei em comentar algo bonito e realmente impressionante, mas só consegui pensar em : Clap!! Clap!
um beijo

Alice C. disse...

a poesia das coisas está no perder e no encontrar e no perder de novo e no reencontrar.

Dois espiritos nomades.

Té mais.

Boo disse...

O bom é quando tu te prende por não conseguir ficar longe, e não quando tu te prende por uma aliança no dedo.
Eu sei disso porque eu sou assim,
e as coisas SÓ funcionam desse jeito.

Suellen Rubira disse...

muito tri!!! eu me enxergo nesses escritos algumas vezes!